CEO da Ford Confessa: O Segredo 'Chocante' da Tesla que Custou Bilhões à Montadora
Uma desmontagem do Tesla Model 3 revelou que o Mustang Mach-E tinha quase 1,6 km a mais de fios, um erro colossal que forçou uma reestruturação completa da estratégia de veículos elétricos da gigante automotiva.
O CEO da Ford, Jim Farley, revela como a desmontagem de um Tesla Model 3 expôs ineficiências chocantes no Mustang Mach-E, levando a perdas bilionárias e uma nova estratégia para competir com EVs chineses.
Numa revelação surpreendente que abalou a indústria automotiva, o CEO da Ford, Jim Farley, admitiu ter ficado "muito humilhado" após uma análise interna de engenharia. A fonte da humilhação? A desmontagem de um Tesla Model 3, que expôs uma verdade inconveniente e dispendiosa sobre o próprio carro elétrico da Ford, o Mustang Mach-E.
O Choque do Quilômetro Extra de Fiação
Falando no podcast "Office Hours: Business Edition", com lançamento previsto para 12 de novembro de 2025, Farley detalhou a descoberta que mudou tudo. A equipe de engenharia da Ford descobriu que o Mustang Mach-E continha aproximadamente 1,6 quilômetros a mais de fiação elétrica do que seu principal concorrente, o Tesla Model 3. Farley descreveu a revelação como "chocante".
Essa fiação excessiva não é apenas um detalhe técnico. Ela se traduz diretamente em:
- Aumento de Peso: Mais fios significam um carro mais pesado, o que prejudica a eficiência e a autonomia.
- Custo Elevado: O cobre e outros materiais dos cabos, somados à complexidade da montagem, aumentam significativamente o custo de produção de cada unidade.
- Bateria Maior: Para compensar o peso extra e atingir uma autonomia competitiva, a Ford foi forçada a usar uma bateria maior e mais cara, minando ainda mais suas margens de lucro.
Essa ineficiência de design colocou a Ford numa desvantagem competitiva massiva, explicando em parte por que sua divisão de elétricos tem lutado para alcançar a lucratividade.
A Dívida Bilionária da Divisão 'Model E'
Para enfrentar o desafio dos veículos elétricos, Farley criou em 2022 a 'Model E', uma divisão inteiramente dedicada aos EVs. No entanto, os resultados financeiros têm sido brutais. A divisão está projetada para perder US$ 5,1 bilhões em 2024, um aumento em relação ao prejuízo de US$ 4,7 bilhões em 2023. Esses números astronômicos são um reflexo direto dos altos custos de produção e da guerra de preços no mercado de VEs, problemas exacerbados pelas ineficiências de engenharia agora expostas.
A Batalha Global: Por Que a Ford Não Pode Desistir
Apesar das perdas crescentes, Farley foi enfático sobre o futuro. "Não podemos abandonar os veículos elétricos", declarou ele no podcast. A justificativa não é apenas o mercado americano, mas a sobrevivência da Ford como uma empresa global. Farley deixou claro que não pretende ceder o futuro da mobilidade aos concorrentes chineses, que estão avançando rapidamente com modelos eficientes e de baixo custo.
A dolorosa lição aprendida com a desmontagem do Tesla e dos VEs chineses forçou a Ford a voltar à prancheta. A empresa está agora focada em uma nova geração de veículos elétricos, projetados desde o início para serem mais simples, mais eficientes e, crucialmente, mais baratos de produzir. O futuro da Ford depende da sua capacidade de transformar essa humilhação em uma revolução de engenharia.
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